Vergonha alheia. Parem o mundo que vou descer. - Blog da Pretah

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Vergonha alheia. Parem o mundo que vou descer.

Olá pessoas lindas, não esse post não é necessariamente sobre cabelos, nem sobre produtos. Mas sim para falar dos nossos direitos de ir e vir que noto que está sendo constantemente reprimido.
Quantos de nós já esteve passeando em um shopping ou loja de rua, simplesmente por lazer, prazer de pesquisar, olhar a moda.  Para assim, quem sabe, achar algo bacana que valha a pena comprar?
Acho que a maioria, pra não dizer todos.

E quem já não sentiu na pele o terrível constrangimento de um segurança infeliz, ou vendedora infeliz te perseguir e roubar de você o seu direito de olhar, o seu direito de ir e vir que é protegido em lei e constituição? Vejam o despreparo de "certas" pessoas que lidam com o público.

Pois é, não tem como não citar aqui o triste episódio ocorrido no Shopping Bangu no Rio de Janeiro, na loja Aquamar, no qual uma vendedora tomou para si o direito de acusar duas pessoas(mãe e filha) de furto. E sem provas.

Colega que black maravilhoso é esse??? Lindo. Calma que essa vendedora é uma invejosa
Causou um terrível mal estar não só nessa família, como em todos que estavam presentes e testemunharam esse triste episódio. E em nós que assistimos pela Televisão e ficamos muito constrangidos com essa situação.

Para quem não viu o vídeo tá ai o link: http://varelanoticias.com.br/video-mae-e-filha-sao-vitimas-de-racismo-em-shopping/

Talvez esse seja o grande motivo de muitas lojas de griffe ou marca permanecerem a maior parte do tempo vazias. E também o motivo porque as compras pela internet avançam cada vez mais e se tornaram preferência entre muitos consumidores, eu sou uma das que compram mais na internet do que nas lojas de rua ou shopping.
Pessoal eu detesto gente na minha cola, nem que seja para perguntar um simples: "posso ajudar?" Eu respondo logo: "Não! Estou só olhando, se eu precisar de ajuda eu chamo.Obrigada."

Não tem coisa pior que você entrar em qualquer lugar e alguém começar a seguir você, geralmente é um infeliz ou uma infeliz.
Não vou dizer que isso é uma questão racial(costuma ser). Mas acho que deveria haver um treinamento sociológico e psicológico para a escolha de pessoas que vão tratar com o público.
 
Jornalista que teve que prender o cabelo para tirar o passaporte. Black bárbaro esse hein! Lindo.

Onde está nosso direito de andar de chinelo numa loja? Não fazem comercial de havaianas? Tenho que usar salto alto o tempo todo???
Não posso mais tirar foto com meu cabelo black porque meu black não cabe na foto do passaporte? Pensei que houvessem computadores pra isso?? Tenho que padronizar meu cabelo para tirar foto agora?

É "gente" como a "gente"

Pior ainda é ver o comercial das óticas do povo. A Fernanda Lima abraçando uma jovem negra linda com um black maravilhoso e dizendo a seguinte frase: "Gente como a gente". Toda vez que eu vejo esse comercial, me sinto envergonhada. Como assim gente como a gente? Agora precisamos de comerciais para dizer que negro é gente?

Tá difícil. Parem o mundo que vou descer.

6 comentários:

  1. E o pior de tudo é saber que isso acontece todos os dias e não noticiado.
    A impressão que eu tenho é que a cada passo e conquista que nós negros damos a elite retrocede, parece que a qualquer momento as pessoas vão se achar no direito de pegar um negro e coloca no tronco, porque simplesmente ele foi além do seu "limite"; pensando bem acho que o garoto negro no poste foi mais o menos isso que fizeram... Eu realmente espero que esse caso não caia no esquecimento.

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    1. O jeito é sempre batermos na mesma tecla, e nunca nos calar diante de uma situação dessas.

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  2. Olá Preta,
    Não sou negra, mas noto que ao entrar em lojas com mochila, bolsa grande ou vestida de modo simples os seguranças ou vendedoras ficam me observando mais atentamente.
    Há um senhor que acredito ser gerente ou dono de uma perfumaria nova no Catete que praticamente ficou me seguindo nas vezes que entrei no estabelecimento. Da última vez fiquei tão aborrecida que pedi desculpas para vendedora que estava me atendendo e disse bem alto que não ia mais levar o que tinha escolhido para ele se mancar.
    Em outra ocasião me senti constrangida na Venâncio porque a funcionária não saía da minha cola, mas também não perguntava se eu queria ajuda, então olhei na cara dela e disse que em vez de ficar me vigiando ela poderia muito bem ir pegar uma cestinha para eu colocar os produtos que tinha em mãos e ia comprar, ela tomou um susto e ficou sem graça.
    No geral as vendedoras de shopping são preconceituosas mesmo, nos medem da cabeça aos pés, acham que não podemos pagar pelas mercadorias ou talvez não sejamos adequadas usar uma marca porque somos simples, negras, gordas, assim, assado ou simplesmente porque não foram com a nossa cara mesmo.

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    1. É verdade Fernanda. Considero isso um tipo de bullyng e uma intervenção em nossos direitos. Eu já vi na minha frente um homem bem aparentado roubando enquanto o segurança se preocupava em seguir pessoas simples que estavam comprando, pessoas trabalhadoras que ralam pra ter sua dignidade. Existe uma falta de ética muito grande nesse setor logistico. Eu já não tenho mais paciência não e acabo falando na cara e deixo de comprar mesmo se percebo uma situação dessa tb.

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  3. Menina fiquei chocada com o que li, acredito que isso acontece o tempo todo e as vezes passa desapercebido.
    Tenha uma ótima semana. Bjs
    comqueroupavouparaigreja.blogspot.com.br

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